sábado, janeiro 27, 2007



Bem-vindo(a), esta será a mesa do nosso Café Literário, o espaço que reservamos para falar de poetas, romancistas, músicos e outros mais que a seu tempo serão convidados a cá entrar, mas sobretudo dos seus textos, das palavras, dos sons e até dos odores de modo a que estes se misturem com os do café.


Samba do Café


Para fazer um bom café, meu bem
Como se faz, lá no Brasil
Precisa pôr tudo a ferver, meu bem
Como se põe, lá no Brasil

Uma frutinha vermelha
Que as moças colhem no pé
E quando é bem torradinho
Fica pretinho e cheiroso
Como ele é, lá no Brasil
Como ele é, lá no Brasil

Para fazer um bom café, meu bem
Como se faz, lá no Brasil
Precisa ter um bom café, também
Como se tem, lá no Brasil

Tem de ser forte, como o bem
Que a gente tem pelo Brasil
Tem de ser doce, como o amor
Que a gente tem pelo Brasil
Você, seu moço estrangeiro
Só põe açúcar se quer

Mas sendo um bom brasileiro
O seu café vai ser doce
Como se fosse um carinho
O seu café vai ser doce
Como se fosse um beijinho
De uma mulher
Que faz um bom café
Lá no Brasil! Lá no Brasil!

Vinicius de Moraes  foi para Carlos Drummond de Andrade, "o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão", mas que dizia de si mesmo nada mais ser que "um labirinto em busca de uma saída".
 

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