quinta-feira, abril 12, 2007




Cafés do Mundo IV

Café Majestic
Rua de Santa Catarina, 112 - Porto

A cidade do Porto, das pessoas, dos lugares, do Douro, do vinho, das pontes, da estação de Campanhã, o Porto da Foz e da Praia da Luz, da poesia do Pinguim, dos jardins de Serralves, o Porto da Ribeira, da Avenida dos Aliados, das francesinhas e bejecas, e ainda o Porto de uma certa burguesia bairrista, cosmopolita e romântica. Esse Porto criou o Majestic. Chamou-lhe inicialmente Elite, claro. Mas rapidamente lhe mudou o nome e Majestic sempre era mais chique. Sentados a uma das suas mesas, se escutarmos bem, podemos ouvir o Café contar um pouco da história da cidade, enquanto lançamos o olhar ao seu traçado original de Arte Nova com os magníficos espelhos de cristal a rodear-nos e o chão coberto de mármore indiano. Desde o Porto dos anos vinte, das suas tertúlias, dos artistas e escritores até aos anos oitenta, com os novos ritmos da cidade e a degradação do Café. Finalmente, alguém lhe reconheceu o seu carácter nobre e é decretado "imóvel de interesse público" e "património cultural". Depois de fechado para restauro, surge exibindo o esplendor de outros tempos.

Para além da sua requintada decoração com materiais nobres como a madeira, o mármore, o cristal, o couro e os espelhos, não faltam no Majestic um piano, um jardim de Inverno e uma galeria de exposições que convidam não só a reviver a "Belle-Époque", mas também a participar em recitais de poesia, concertos de piano, exposições de pintura, lançamentos de livros, conversas de e sobre prazeres.

O Porto é ainda uma cidade de espontaneidade e sentimento e o seu Majestic um ponto de encontro privilegiado de lazer e cultura.


(Texto adaptado de cafemajestic, visitportugal e fotografias de Thomas Vogt e Linda Txikiakalea)

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